Travessia Lagoa dos Patos !! Velejador Renato Pozolo

Até o Limite

(Leny Borges)
Lutarei contra a maré se preciso for,
Até chegar ao meu objetivo,
Porque acredito em mim,
Sei que sou capaz e que posso
Irei até o meu limite para prosseguir,
Até que me provem do contrário,
Não irei desistir.
Hiram Reis e Silva, Bagé, RS, 30 de abril de 2011

 

 
Insisti para que o amigo Renato Pozolo relatasse sua Travessia da Laguna dos Patos. A determinação deste destemido veterano das ondas e dos ventos serve de estímulo aos mais jovens que se aventuram na prática do Windsurf.
–  Velejador Renato Pozolo
Antes, porém de pensar em desafiar a Laguna dos Patos devemos lembrar que o impressionante currículo do Renato Pozolo o credencia para tal. Comecei a pesquisar suas conquistas e resolvi parar, em 2002, porque senão o número de laudas deste artigo ultrapassaria de muito os limites aceitos pelos redatores. Vamos enumerar, então, apenas alguns de seus títulos: Campeão Gaúcho 1999, Vice Campeão Margarita Wild Winds (Master) 1999, Campeão Aruba Hi Winds (Master) 1999, Campeão Brasileiro Race (Master) 1999, Vice Campeão Sul Americano (Master) 1999, Campeão Brasileiro Wave 2001, Vice-campeão Pan-americano, em Porto Rico (Master) 2001, Campeão Internacional (Master) 2002, Campeão Gaúcho (Master) 2002, Campeão Over Wild (Master) 2002 …
Vamos então ao relato de um dos maiores praticantes de windsurf do planeta.
–  Tentativa Frustrada
2011, dia 28/12, 7h40 da manhã , 12 a 13 nós de vento, deixo a margem da Varzinha rumo a Rio Grande, orçando o máximo para conseguir cruzar a Ponta das Desertas velejando, no meio do caminho um barco largando a rede de pesca exatamente no meu rumo, cambada, nova cambada e alcanço a margem Leste da praia, longe da ponta e o vento diminui.
A Ponta da Desertas como o nome já diz é um banco de areia estreito que se estende Lagoa dos Patos adentro. Se eu passar por cima do banco caminhando com a prancha na cabeça, alcanço o outro lado e saio direto no rumo ideal para Rio Grande, largo a prancha na praia, subo uma duna pequena pra dar uma olhada e vejo que é só uns 80 metros de areia e uns capins altos até a outra margem, muito mais perto do que dar a volta pela ponta, que tá longe. “Mas e as cobras”?? Será que tem cobra ali?? Tá cheio de gaivota e biguá no baixio mais adiante, cobra gosta disto. Melhor dar a volta pela água, caminhando com o equipamento mesmo que seja mais longe, porque orçar nesta merreca vai levar horas e muita energia.
Meia hora depois chego no baixio da ponta das desertas e menos vento ainda, já são quase 9:00hs da manhã e me sento esperando vento e olhando as nuvens pesadas no horizonte, longe de serem nuvens de vento. E a previsão?? Era boa, que aconteceu? Faço contas, se não conseguir sair até as 10 da manhã velejando numa velocidade em torno de 40km/hora, não vai dar tempo de chegar em Rio Grande. O vento não melhora, ligo pro Diabo, que esta no apoio de terra e com o carro já em Palmares e peço pra voltar, abortada a missão. Volto boiando até a Varzinha, são 16km, o Diabo chega antes na praia, chego na Varzinha com vento que agora tem e o Diabo enlouquecido quer velejar.
Com o vento aumentando aos poucos, saímos da Varzinha as 12h33 em direção a Porto Alegre, velejo clássico, com direito a foto nas Desertas, empopado descendo os vagalhões da lagoa, velejo turístico, passamos na pequena praia do Tigre em Itapoã, incrustada no meio de pedras e árvores, fotos em Itapoã e 3h30 depois chegamos na Raia 1, não sem antes quase nos matarmos a pau fazendo “pegas” no caminho. Foram 95 km.
2011, dia 29, previsão para os próximos dias de Leste, o vento ideal é o sudeste, mas, olhando bem dia 1º tem um Leste com tendência de sudeste.
Dia 31, 11h15 da noite, coloco tampões nos ouvidos pra não ouvir os fogos do ano novo e cama.
–  Travessia da Lagoa
2012, dia 1, Diabo e o Junko no apoio, chegamos na Varzinha as 6:30 da manhã, nublado, o sudeste de 12 a 14 nós já esta lá. Preparativos, revisão no equipamento, 7h20 saio em contravento, desta vez vou conseguir passar num bordo só pelas Desertas. Que nada, 5 cambadas e 45 minutos depois é que chego lá, atravesso caminhando o banhado que tem bem na ponta, espanto dezenas de biguás e gaivotas, passo prá praia Oeste, e me mando velejando em direção a uma imensidão e um horizonte só de água, guiado pela seta do GPS que apontava para o primeiro ponto plotado, o banco do São Simão distante dali uns 55 km.
Veleja, veleja, veleja, olho pra trás e ainda vejo aquela arvorezinha que tem nas Desertas, e pela popa, na minha direita, vejo bem ao longe o morro da Formiga, consolo terrestre no meio daquele monte de água, água que começa a vir por cima também, chuva com vento, desvio a cara, dói no olho, o vento não pode parar, o resto damos um jeito, o vento diminui mas não para não, deve ter uns 13 nós de vento.
Veleja, veleja, veleja e some tudo, fico analisando como as ondas mudam, no momento to com água mexida e a prancha dando umas porradas na água que começo a pensar que ela pode quebrar ao meio e me imagino no meio do nada com 2 pedaços de isopor na mão. Diminuo a velocidade, to a uns 30, 34km/h de velocidade, a prancha tem que ficar inteira, estou bem mais devagar do que eu imaginava que ia ser, mas to andando, o sol começa a dar sinal por meio de nuvens esparsas, que beleza um solzinho, são 9 horas da manhã.
Como já estou a mais de uma hora no mesmo bordo, paro de dar bola para a agulha do GPS, to num estado confortável de velejo, mas quando olho pro GPS vejo que estou completamente fora do rumo, graças a falta de orientação em terra, corrijo o rumo, to no meio de água e só vejo horizonte em qualquer direção, esboço um sorriso, “sequelado”, “debilóide” mas to curtindo, quem começa a não curtir muito é o pé de traz, que vai encima da quilha, e é o que dirige a prancha, não deixa ela embicar, faz orçar quando diminui e arribar quando aumenta o vento. Vou virando o pé de lado, velejo com o calcanhar, dobro os dedos, mas ele continua doendo, faz parte, eu sabia, tiro o pé da alça e ai piora porque começo a forçar braço, perna e tudo mais, coloco ele na alça de novo, azar, pode ficar doendo aí, problema teu.
A lagoa agora tá com onda cruzada, e o GPS dá uma loqueada e vira pra direita, iiiiiiiiiiiiiihhhhhhhh será que o GPS pirou? Volta pro lugar rapidinho, ah bom, beleza, ainda bem.
Começo a pensar que já to velejando a horas e não chego a lugar nenhum, me resigno, começo a pensar em comer uma barra de proteína e um gel de carboidrato quando olho pro horizonte e bem na minha frente o que aparece?? ELE, BRANCO, LONGE, ELEGANTE, BONITASSO…… O farol que eu tentei várias vezes chegar por terra e nunca tinha conseguido, tá lá ele, bem na proa. Dou-me conta que na hora que o GPS loqueou eu estava passando exatamente por cima do banco do São Simão e como o 2º ponto plotado era o farol São Cristovão, o GPS logo passou a apontar para ele.
Ânimo na tripulação, tá logo ali, to vendo ele, é lá que vou fazer o rango, o vento tá forte, a prancha tá na mão, começo a não dar bola prá economizar energia e começo a andar rápido, tá sol e nublado, tá bonito, o astral tá alto e a prancha tá andando entre 42 e 49 km/h, arribado total, descendo onda, se forço um pouco saio do rumo que agora é visual, tá pertinho, veleja , veleja , veleja e tá pertinho, tá sempre perto e não chego nunca, ele aumenta aos poucos, to cansado, mas não mando o registro pra mente, deixo ela tranquila, a prancha tá andando show, escorre uma alça do camel back pro braço, alguma coisa rebentou, azar, não vou parar agora, do braço ela não passa, escolho a praia, uma bem branquinha a Oeste dele, vou direto, que praia o que?? Aparece um banco de areia gigante, o farol tá simplesmente no seco, não tem como chegar em praia nenhuma, o banco tá bem no meio do caminho, beleza, não da nada, paro nele, sessão de saborosa barra de proteína, aaaarrrggghhh, com gel carboidrato de sobremesa, água com citomax, e boa hora para tomar minha água com “gás”, turbo, levanta até defunto, leia se Jack 3D, que a galera toma pra fazer musculação. Pego o pote que o Diabo me deu na saída, e a tampa tá aberta e o pote vazio, hahahahaha, sem turbo, agora vai só no agrião mesmo, tiro umas fotos e vamos em frente. São 10 horas da manhã.
Próximo ponto de parada o Bojuru, coloco no GPS e mostra que faltam 52km pra chegar nele, planejo parar na praia que tem lá e fazer o segundo rango. Caminho pra sair do banco e vejo que o rumo é bem diferente do que eu pensava que era, tem alguma coisa errada, tiro o 3º GPS do bolso pra conferir o rumo, este tem mapas e descubro que não sei mexer direito nele, resolvo acreditar no GPS de pulso e saio costeando, vento terral e vou sentindo o cheiro do pinheiral que tem na volta do Cristovão Pereira, vento de rajada, fraco, água lisa, quase paro de planar, bombeio, plano, rumo quase paralelo a praia, se afastando aos poucos, velocidade 30 a 34km/h, vou olhando o odômetro do GPS e parece que tá estragado, os números regressivos da distância pro Bojuru não descem, velejo e velejo e não ando nada. Melhor não dar bola, vamos velejar, rale-se o tempo, a água tá verde clara, deve estar salgada, o rumo é quase arribado total, vou alternando, orço um pouco e depois arribo, o que me faz trocar um pouco minha posição e assim descansar um pouco o pé de trás que agora tá doendo muito e se associou a lombar que começou a doer também, me agacho, me levanto, velejo de lado, de costas e assim vai indo, velejasso.
Uma dor na articulação coxo femural esquerda que começou após uma hora de velejo e que me deixou um pouco preocupado, sumiu, ou ficou boa ou ficou ofuscada pelas dores novas, bem mais fortes. O vento tá mais forte, mas ainda tem umas partes onde diminui bastante, faltam uns 15km para o Bojuru que já tá ficando num rumo orçado e me dou conta que o meu caminho mais curto para Rio Grande é arribado, rumo a ilha Sarangonha na altura do Laranjal em Pelotas e resolvo abortar o almoço no Bojuru, vamos arribar desde aqui, aproveitar o vento que está favorável.
Ando mais um pouco e avisto um arvoredo, é o Bojuru, que vai ficando lentamente ao largo, na minha esquerda, a uns 7 km de distancia, são 11h30 da manhã e to cansadasso, um cansaço geral, o pé desistiu de doer, viu que não ia adiantar nada e parou, velejo mais um pouco e as 12h00 com o Bojuru pra trás, quase fora do visual e apesar da vontade de continuar velejando, faço uma parada na água para almoço, ligo pro Diabo, a ligação tá ruim, mas consigo avisar que estou no Bojuru, desligo e enquanto saboreio meus quitutes, a prancha vai girando a deriva na água e enquanto aproveito para curtir a paisagem, já faço uma análise de onde que estou no momento, no meio do nada com uma pitada de terra a Leste e o resto tudo água. Du c…..
Ploto o próximo objetivo, a ilha da Sarangonha, está a 62km pro sul, vou fazer direto, não quero nem saber, o vento aumentou , tá nublado e os 15 minutos parados dão um novo ânimo, levanto a vela e saio a pau, água esverdeada, cheiro de mar, penso que se precisar tomar água doce da lagoa agora já era, agora só tem a minha própria água no camel back.
Começa um novo velejo, rumo arribado total, o vento tá sudeste bom, firme, vou indo bem, animado, olho pra sotavento à direita e sei que São Lourenço tá pra lá, depois do horizonte, invisível, longe pacas, mas tá lá, nesta parte não lembro de muita coisa, foi tudo igual, muito velejo, surfando as ondas a 42km/h não vi nada além de água e o tempo todo ia administrando o rumo e cuidando para não relaxar ao ponto de tomar um tombo, o GPS apontava o ângulo arribado mas qualquer orçadinha que eu desse saia do rumo, e manter o rumo foi o entretenimento junto com os cálculos do tempo que eu ia levar pra chegar na ilha, 1h30 segundo minhas contas que estariam certas caso eu conseguisse chegar direto o que percebi que não ia rolar após 1h00 de velejo, pois o vento tava mais pro Leste.
No caminho vejo uma bóia de canal, o primeiro sinal de civilização em quase 6 horas de velejo, não vi nenhum barco, nenhum navio, nada, nada, fico olhando ela e passo rapidinho, a única referencia visual de velocidade até então.
Mais um tempo e começam a aparecer os calões de pesca, vários paus cravados onde os pescadores põem as redes, passo pelo meio da primeira fileira, pela segunda, época da Piracema, não pode pescar, então não tem rede de pesca neles, ótimo, mas ainda tem uns calões quebrados logo abaixo da linha d’água, e se acerto um destes pode ser o fim da minha travessia, passo desengatado do trapézio entre eles, sei que tá ficando rasa a lagoa, a parte mais perigosa da lagoa já passou, avisto terra, longe, bem ao longe na proa. Sei que pra ilha da Sarangonha não chego mais direto, vou ter que jibear, vou seguindo até mais perto e vejo o que fazer, as ondas vão diminuindo, água marrom, da a impressão que da pé ali, a água começa a ficar verde, bem verde, vejo o fundo, to a uns 42km/h e a quilha de 36cm toca o fundo, me jogo pra barlavento, costas na água, levanto e tomo uma mastrada na cabeça, que vacilo, mas nada grave, olho pros lados e tudo igual, um baixio gigante, lisinho, sem onda, muitos calões de pescadores, água um pouco acima das canelas, caminho de volta por onde eu vim, afunda um pouco e consigo velejar, desviando de onde vejo que não tem água, vou indo assim até chegar na Ponta Rasa, encalho noutro baixio e esqueço a ilha da Sarangonha, ploto Rio Grande, faltam apenas 25 km. São 2h00 da tarde.
(Impressionante, mas não tem ninguém na água, nem um pescador, nem um navio, nem um veleiro, nenhuma lancha, nenhum helicóptero, nenhum banhista, nada, nada, será que é porque é dia 1º?)
Que barbada, mais 30 minutos tô em Rio Grande. Hahahah, que piada. Descobri porque a Ponta Rasa tem este nome, ainda mais com a lagoa baixa do jeito que está. Velejo com meio metro de água, até encontrar o próximo baixio, onde encalho, caminho, velejo, encalho, caminho, velejo encalho de novo. O vento diminuiu. Meia hora depois, começo a velejar com água, e descubro que Rio Grande esta exatamente no contravento, e o vento está fraco, e a prancha com quilha pequena não orça, e dá spin out toda hora que forço a orça, e vou indo, dá vontade de comemorar, mas ainda não cheguei, muita coisa pode acontecer, vou velejando até a praia, cambo e desço da prancha, aproveito para alongar as pernas e a lombar, tomo água, como um carboidrato e vejo o quanto to cansado, muito cansado, mas o engraçado é que a dor agora passou a fazer parte do meu estado normal, não estou sofrendo, sei que to acabado, mas tá tranquilo, até Rio Grande dá prá ir, e vou indo, devagar e sempre, engraçado que velejando me sinto super bem, bordo pra lá, bordo pra cá , bordo pra lá, bordo pra cá e não chego nunca.
A cidade começa a ficar perto, estão lá os prédios, já faz mais de uma hora que eu sai da Ponta Rasa, mais um bordo pra pegar altura e agora sim, entro em direção ao canal que vai pra Wind Place, no coração de Rio Grande, agora é arribado e pego umas rajadas fortes, empopado e jibeando curto pra não encalhar, a cidade tá do meu lado, passo a pau pelo Iate Clube, dou mais um bordo e já da altura pra guarderia, vou direto com vento sobrando e água lisa e vejo que tem uma galera na guarderia, uma festa de ano novo, vou chegando perto da rampa e vejo o velejador Janjão vindo me recepcionar, me jogo na água e comemoro, deu certo, atravessei a Lagoa inteira velejando de windsurf, me lembrei dos meses que fiquei analisando a carta náutica da lagoa, várias vezes tirei a ideia da cabeça e agora tava ali.
O Guaíba na carta náutica da lagoa é um laguinho, cabe 7 vezes dentro dela, ela é muito grande, mas no final eu sabia que ia pelo menos tentar. Sou super bem recebido pela família Castilha Saavedra e amigos com direito a aplausos pelo feito e um saboroso churrasco musical de ano novo.
Eram 4h00 da tarde, 271km percorridos.
–  Apoio
Tive a segurança de poder contar em caso de sinistro com o apoio logístico dos meus amigos bombeiros Paulo Locatelli e Albino, a quem mando meus agradecimentos, juntamente com todos os amigos que direta ou indiretamente me ajudaram e incentivaram nesta travessia.
–  Material usado
–   Prancha Isonic 107 litros;
–   Vela North Sails Warp 2010 – 8 metros;
–   Mastro North Sails Gold – 4.90m;
–   Retranca Neil Pryde X9 – 180-230;
–   Quilha Tectonics 36cm;
–   2 GPS de pulso, um no braço esquerdo dando indicando o rumo e o outro no braço direito mostrando a velocidade e o odômetro;
–   1 GPS com mapa com todos os pontos de escape, bancos de areia, cidades, etc.. so seria usado em caso de resgate.;
–   1 SPOT – comunicação via satélite;
–   1,5 litros de água misturados a um pó isotônico;
–   4 barras de proteína com 250 calorias cada (só comi 2);
–   6 saches de carboidrato;
–   500ml de água com Jack 3D – perdidos por vazamento.
–  Conclusão
A Travessia da Lagoa dos Patos, diferentemente de outras travessias apresenta a peculiaridade de se estar em momentos (horas) navegando sem ver sinal de terra, o que acaba com a possibilidade de trocar de equipamento em caso de aumento ou diminuição do vento, obrigando o planejamento ser o melhor possível, não descartando o fator sorte. Sorte em não bater em um tronco boiando, container, calão , peixe, plástico, o que pode ocasionar uma forte queda machucando o velejador ou quebrando o equipamento e impedindo seu progresso.
Para quem gosta de velejar, nada como velejar, e na Lagoa dos Patos, tú pode velejar bastante, até porque chega uma hora que tu TEM que velejar.
–  Glossário:
–   Orçar – andar o máximo possível contra o vento;
–   Arribar – andar a favor do vento;
–   Cambar – mudar de lado na prancha ,quando indo em direção contra o vento;
–   Jibear – Mudar de lado na prancha velejando a favor do vento.

 

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